Neste
segundo domingo de Quaresma, em que a liturgia recorda a Transfiguração
de Cristo, o Papa - antes de rezar a oração do Angelus com os fiéis -
fez uma recomendação: “Despojar-se dos bens mundanos para conquistar uma
autêntica liberdade interior”.
A Praça São Pedro estava tomada por dezenas de milhares de pessoas que
foram ouvir as palavras do Pontífice neste domingo (01/03) de sol e
temperatura amena em Roma.
O despojamento
“Escutem Jesus, é Ele o Salvador, sigam-no!” exortou Francisco,
recordando que “ouvir Cristo comporta assumir a lógica de seu mistério
pascal, colocar-se em caminho com Ele para fazer da própria existência
um dom de amor aos outros, em dócil obediência à vontade de Deus, com
atitude de despojamento das coisas mundanas e de liberdade interior”.
Em outras palavras, “é preciso estar prontos a perder a própria vida
para que se realize o plano divino da redenção de todos os homens”.
Recordando o trecho do Evangelho com o episódio da Transfiguração de
Jesus no monte Tabor, o Papa clamou:
“Subamos nós também ao monte da Transfiguração e paremos para
contemplar o rosto de Jesus, para colher a mensagem e traduzi-la em
nossa vida, para que nós também possamos ser transfigurados pelo Amor”.
Interação direta com os fiéis
E depois de interrogar os fiéis sobre o significado do evento da
Transfiguração, perguntando “Vocês acreditam mesmo que o Amor pode
transfigurar tudo?”, o Papa lembrou que “as multidões abandonaram Jesus e
não acreditaram Nele, assim como os próprios Apóstolos”.
O Pontífice concluiu garantindo que “Jesus nos conduz sempre à
felicidade. Ele não nos engana: nos prometeu a felicidade e a dará, se
seguirmos em seu caminho”.
Apelo à solidariedade
O Papa assegurou que não se esquece e reza para que termine a
“intolerável brutalidade” que cristãos e outros grupos estão sofrendo no
Iraque e na Síria.
“Infelizmente não param de chegar notícias dramáticas sobre violência,
sequestros e abusos contra cristãos e outras minorias”, recordou o
Pontífice depois de rezar a oração do Angelus na janela do Palácio
Pontifício, na Praça São Pedro.
Francisco assegurou que não os esquece e que se sente próximo deles,
enquanto reza insistentemente para que o quanto antes se coloque um fim
nesta violência, outras vezes definida ‘insensata’.
A população dos dois países está sendo massacrada e em alguns casos é
alvo de limpeza étnica por parte dos jihadistas do ‘Estado Islâmico’,
que proclamaram ‘um califado’ no território sírio e iraquiano, aonde
está impondo um ‘império do terror’.
O Papa reiterou o chamado para que “todos, de acordo com suas
possibilidades, ajam para aliviar os sofrimentos de todos os que estão
submetidos a uma dura provação somente por causa da fé que professam”.
Francisco explicou aos fiéis que dedicou suas intenções de oração junto
aos colaboradores da Cúria, na última missa dos exercícios espirituais
que realizou semana passada em um retiro na localidade romana de
Ariccia.
Em seguida, o Papa convidou os presentes na Praça São Pedro a rezar em silêncio pelo povo do Iraque e da Síria.
Fonte: Rádio Vaticano
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