quinta-feira, 25 de abril de 2013

“Vale a pena ser de Deus e confiar em Sua misericórdia”

 altNão basta simplesmente proclamar que 2013 é o Ano da Fé, é preciso começar o ano colocando-a em prática. Foi desta forma que  Israel de Freitas Silva pôde vivenciar sua fé durante os dias em que esteve participando do Encontro Nacional de Formação, em Aparecida/SP. Veja como Deus agiu na sua vida e porque ele começa seu testemunho dizendo que vale a pena ser de Deus e confiar na Sua eterna misericórdia.
Meu nome é Israel de Freitas Silva, tenho 33 anos, sou casado há 10 anos, tenho dois filhos e conheci Jesus há 13 anos na RCC. Hoje, coordeno a região norte da minha diocese. Moro na cidade de Itaguatins, no norte do Tocantins. Eu amo a Renovação Carismática Católica.

Quero aqui expressar a todos os irmãos carismáticos deste imenso Brasil, o quanto vale a pena ser de Deus e confiar na sua eterna misericórdia. Sempre fui convidado por meus coordenadores diocesanos a participar do ENF, mas nunca dizia sim, pois achava impossível conseguir dinheiro pra arcar com as despesas. Ano passado, meu coordenador diocesano conseguiu me convencer a participar. Com muita luta e esforço viajei para Lorena/SP e participei do ENF 2012. Saí daquele encontro maravilhado e com forças para ajudar meu Grupo de Oração. Minha região viveu um grande avivamento.

Mas este ano eu não tinha nenhuma condição financeira de participar do ENF, pois devido às obras de minha casa nova, não tinha dinheiro suficiente. Fiquei triste em não poder participar, pois o ENF é o melhor encontro que já participei nos meus 13 anos de RCC. Tive uma proposta de uns amigos para que fôssemos de carro, assim as despesas ficariam bem menores, mas dias antes da viagem, ele desistiu. Então, logo entendi que não tinha jeito mesmo de estar este ano no ENF. Então desisti, e até recebi proposta pra pregar em um encontro aqui na minha região na mesma data do encontro, só que não aceitei. Era como se eu soubesse que Deus me levaria para Aparecida. E continuei a trabalhar na minha casa, na grande ansiedade de me mudar logo e sair do aluguel.

De repente, recebi uma ligação de um amigo. Ele disse que estava no site de uma empresa aérea e que tinha achado uns preços bons de passagens para irmos pra Campinas/SP. Logo falei que não tinha dinheiro, mas ele disse que ia comprar as passagens e dividiria em 4 vezes no cartão e depois eu lhe pagaria. Aceitei, ele comprou e logo comecei a lembrar que não tinha dinheiro para comprar alimentação e nem mesmo para fazer a inscrição. Minha esposa me disse que eu era muito corajoso de querer ir pra São Paulo sem dinheiro, mas não desanimei. E comecei a rezar pedindo a providência de Deus. Fui até uma pessoa da minha cidade e contei toda situação. Graças a Deus, ele disse que me ajudaria, mas era para procurá-lo tal dia.

Chegou o dia da viagem, conversei de novo com essa pessoa, ele pediu o número da minha conta e falou que eu poderia viajar em paz que ele depositaria o dinheiro no dia seguinte. Pensei... e pensei... “É... Seja o que Deus quiser...” Arrumei minhas malas e fui confiando em Deus, só com o dinheiro de pagar a van até a cidade que encontraria meu amigo, pois, de lá, íamos no carro dele até a cidade de pegar o avião para Campinas.

A vontade de participar do ENF era tamanha que fiz tudo isso na fé, pois este é um ano da fé. Chegando ao aeroporto de Campinas, fui ao caixa eletrônico com o coração apertado, na fé  de que teriam depositado o dinheiro. Graças a Deus, passei o cartão e estava lá o dinheiro, fiquei muito feliz. Mas ainda o valor que tinha não dava para me manter até o final do ENF.

Entrei naquele ginásio como uma criança, muito feliz e confiando na providência de Deus, os dias foram passando, passando e acabou o dinheiro. Era noite e não tinha nem mesmo o dinheiro do almoço do dia seguinte.  Rezei e rezei. Logo, meu celular vibrou e, quando olho, era uma mensagem de um amigo de outro estado. A mensagem dizia assim: "Meu irmão, amanhã faço questão de pagar seu almoço". Agradeci muito a Deus e confiei com alegria.

Irmãos, Deus é Pai. Lembro que na Adoração, uma senhora que conduzia a oração proclamou algo assim: “Deus fala para uma pessoa que veio para cá sem condição e que está muito preocupado de como vai se manter aqui e como vai pagar sua despesa neste ENF, meu filho, o Senhor diz pra você confiar, pois Ele providenciará tudo”.

Exatamente no intervalo depois da Adoração,  recebo uma mensagem de uma amiga aqui do Tocantins, que não estava no ENF. Ela me perguntava como estava sendo o encontro. Eu respondi que tava maravilhoso, a única preocupação era o meu dinheiro que não dava para as despesas. Ela imediatamente me pediu o número da conta e, para honra e glória do nome de Jesus, ela fez um depósito e não foi emprestado, foi dado mesmo.

entretanto, pelos meus cálculos, ainda precisaria de mais recursos para me manter até a volta para casa. Continuei a participar do encontro  muito feliz. No sábado, cedinho, recebo outra mensagem. Essa pessoa dizia assim na mensagem: "Olá meu irmãozinho tudo bem, você lembra-se daqueles 100 reias que estou te devendo? Pois é, você já pode vir buscar, está aqui comigo, em casa". Eu respondi que no momento estava em São Paulo, ele me pediu o número de minha conta e fez o depósito.

Meus irmãos e irmãs, Deus não mente, Ele é fiel.  Amados, dói meu coração em saber que muitos coordenadores por este Brasil deixam de participar de um encontro tão maravilhoso como o ENF. E fico mais triste por que o motivo não é financeiro e sim falta de coragem.

COMO FOI O ENF PRA MIM? Maravilhoso. É com esta palavra que resumo todo o ENF deste ano. Fui muito curado, encontrei o combustível para me manter firme, ajudando meu Grupo de Oração, minha Diocese e meu Estado. Recebi sim, esta intrepidez, esta ousadia, esta parresia. Agora vamos anunciar o evangelho de Cristo, sem medo, sem preconceito, sem desânimo e com muita unção e alegria.

Homilia do Papa Francisco na Domus Sanctae Marthae nesta quarta-feira


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A Igreja não tem que ser como uma “babá que cuida da criança para fazê-la dormir”. Se fosse assim seria uma “Igreja adormecida”. Quem conheceu a Jesus tem a força e a coragem de anunciá-lo. Da mesma forma, quem recebeu o batismo tem a força de caminhar, de seguir adiante, de evangelizar. E “quando fazemos isso a Igreja se torna uma mãe que gera filhos” capazes de levar Cristo ao mundo. Esta é em síntese a reflexão que o Papa Francisco propôs esta manhã, quarta-feira, 17 de abril, durante a celebração da missa na capela da Domus Sanctae Marthae, à qual participaram vários empregados do Instituto para as Obras de Religião. Entre os concelebrantes Monsenhor Vincenzo Pisanello, bispo de Oria, e Giacinto Boulos Marcuzzo, vigário do Patriarca de Jerusalém dos Latinos para Israel.

Durante a homilia, o Pontífice - comentando a primeira leitura dos Atos dos Apóstolos (8, 1-8), disse que "após o martírio de Estêvão, estourou uma violenta perseguição contra a Igreja de Jerusalém. Lemos no livro dos Atos que a Igreja estava toda tranquila, toda em paz, a caridade entre eles, cuidavam das viúvas. Mas depois chega a perseguição. Isso é um pouco o estilo da vida da Igreja: entre a paz da caridade e a perseguição”. E acontece assim porque esta, explicou, tem sido a vida de Jesus. Depois da perseguição, continuou o Pontífice, todos fugiram menos os apóstolos. Os cristãos pelo contrário “Fugiram".

Sozinhos. Sem sacerdotes. Sem bispos: sozinhos. Os bispos, os apóstolos, estavam em Jerusalém para fazer um pouco de resistência a estas perseguições. Porém aqueles que fugiram “foram de um lugar para o outro, anunciando a Palavra”. É sobre eles que o Papa quis chamar a atenção dos participantes. Eles "deixaram casa, levaram consigo talvez poucas coisas; não tinham segurança, mas foram de um lugar para o outro proclamando a Palavra”. Levavam consigo a riqueza que tinham: a fé. Aquela riqueza que o Senhor os tinha dado. Eram simples fiéis, apenas batizados há pouco mais de um ano, talvez. Mas tinham aquela coragem de ir e anunciar. E tinham acreditado! E também faziam milagres! “Expulsavam espíritos impuros de muitos endemoniados, emitindo fortes gritos, e muitos paralíticos e coxos eram curados".

Ao final: “Houve grande alegria naquela cidade!” Também Filipe tinha ido. Estes cristãos – cristão há pouco – tiveram a força, a coragem de anunciar Jesus. O anunciavam com as palavras, mas também com as suas vidas. Suscitavam curiosidade: “Mas... quem são estes?". E eles diziam-lhes: “Nós conhecemos Jesus, encontramos Jesus, e o trazemos. Somente tinham a força do batismo. E o batismo lhes dava esta coragem apostólica, a força do Espírito”.

A reflexão do Papa, em seguida, mudou-se para o homem de hoje: “Eu penso em nós, batizados, se ainda temos esta força". E penso: “Mas nós, acreditamos nisso? Que o batismo seja suficiente para evangelizar? Ou esperamos que o sacerdote diga, que o bispo diga... e nós?” Muitas vezes, notou o Pontífice, a graça do batismo é deixada um pouco de lado e nós nos fechamos nos nossos pensamentos, nas nossas coisas. Às vezes pensamos: “Não, nós somos cristãos: recebemos o batismo, fizemos a crisma, a primeira comunhão... e assim a carteira de identidade está bem. E agora dormimos tranquilos: somos cristãos”. Mas, “onde está esta força do Espírito que nos leva adiante?” perguntou o Papa. Somos fieis ao Espírito para anunciar Jesus com a nossa vida, com o nosso testemunho e com as nossas palavras? “Quando fazemos isso, a Igreja se torna uma Igreja Mãe que gera filhos”. Filhos da Igreja que testemunham Jesus e a força do Espírito. “Mas – foi a admoestação do Papa – quando não o fazemos, a Igreja se torna não mãe, mas Igreja babá, que cuida da criança para fazê-la dormir". É uma Igreja adormecida. “Pensemos no nosso batismo, na responsabilidade do nosso batismo”.

E para reforçar o conceito expresso Papa Francisco lembrou de um episódio acontecido no Japão nas primeiras décadas do Século XVI, quando os missionários católicos foram expulsos do país e as comunidades permaneceram por mais dois séculos sem sacerdotes. Sem. Quando os missionários voltaram depois encontraram uma comunidade viva na qual todos estavam batizados, catequizados, casados na Igreja! E até mesmo os mortos tinham recebido uma sepultura cristã. “Mas – continuou o Papa – não há sacerdote! Quem tinha feito isso? Os batizados!”. Eis a grande responsabilidade dos batizados: “Anunciar Cristo, levar adiante a Igreja, esta maternidade fecunda da Igreja. Ser cristão não é fazer uma carreira de estudo para se tornar um advogado ou um médico cristão; não. Ser cristão é um dom que nos faz ir pra frente com a força do Espírito no anúncio de Jesus Cristo”. Por fim, o Papa dirigiu o seu pensamento à Nossa Senhora que sempre acompanhou os cristãos com a oração quando eram perseguidos ou dispersos. Orava muito. Mas também os animava: “Ide, fazei...”

"Pedimos ao Senhor - concluiu - a graça de fazer batizados corajosos e seguros que o Espírito que temos em nós, recebido pelo batismo, nos empurre sempre a anunciar Jesus Cristo com a nossa vida, com o nosso testemunho e também com as nossas palavras”.

 
FONTE: Zenit

"A vida não nos foi dada para que a conservemos para nós mesmos, mas nos foi dada para que a doemos"

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Mais uma quarta-feira de festa na Praça São Pedro no Vaticano; de fato mais de 70 mil fiéis provenientes de todas as partes do mundo se reuniram para ouvir a catequese do Papa Francisco no âmbito da audiência geral. No encontro desta manhã o Santo Padre refletiu sobre três textos do Evangelho que ajudam a entrar no mistério de uma das verdades que se professam no Credo: Jesus “de novo há de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos”; os textos foram o das dez virgens, a dos talentos e o do Juízo Final.
Na parábola das dez virgens – disse o Papa – o Esposo que as jovens esperam com as lâmpadas de azeite é o Senhor. O tempo de espera é o tempo que devemos manter acesas as nossas lâmpadas da fé, da esperança e da caridade, é o tempo antes de sua vinda final.

“O que se pede é que devemos estar preparados para o encontro, que significar saber ver os sinais de sua presença, manter viva a nossa fé, com a oração e com os Sacramentos; trata-se de ser vigilantes para não dormirmos, para não se esquecermos de Deus”.

Já na parábola dos talentos, se recorda que Deus concedeu dons, que devem ser usados e multiplicados, pois no seu retorno perguntará como foram utilizados.

Esta parábola – disse o Papa – nos fala que a espera do retorno do Senhor é o tempo da ação, o tempo no qual usar os dons de Deus, não para nós mesmos, mas para Ele, para a Igreja, para os outros, o tempo no qual procurar sempre fazer crescer o bem no mundo. E em particular hoje, neste período de crise, é importante não se fechar em si mesmo, enterrando o próprio talento, mas abrir-se, ser solidário, estar atento ao outro. E falando aos jovens disse:

“A vocês, que estão no início do caminho da vida, peço: vocês pensaram nos talentos que Deus lhe deu? Pensaram como poder colocá-lo ao serviço dos outros? Não enterrem os talentos! Apostem em ideais grandes, que alargam o coração, ideais de serviço que tornam fecundos os seus talentos. A vida não nos foi dada para que a conservemos para nós mesmos, mas nos foi dada para que a doemos. Caros jovens, tenham uma grande coragem! Não tenham medo de sonhar coisas grandes!”

Na parábola do Juízo Final se descreve a segunda vinda do Senhor e se adverte que seremos julgados na caridade, como amamos os demais, especialmente os mais necessitados.

 



“Queridos irmãos e irmãs, olhar para o Juízo Final jamais nos deve provocar medo; mas ao contrário nos impulsione a viver melhor o presente. Deus oferece-nos, com misericórdia e paciência, este tempo para aprendermos a reconhecê-Lo nos pobres e nos humildes e perseverarmos vigilantes no amor. Possa o Senhor, no fim da nossa vida e da nossa história, reconhecer-nos como servos bons e fiéis!”
O Santo Padre saudou ainda os diversos grupos de peregrinos presentes, entre os quais o de língua portuguesa!

“Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! Saúdo com afeto os grupos de Portugal e do Brasil, em particular os fiéis das paróquias Divino Pai Eterno de Goiânia e São Pedro de Vila Rica, encorajando-vos a todos a apostar em ideais grandes, ideais de serviço que engrandecem o coração e tornam fecundos os vossos talentos. Confiai em Deus, como a Virgem Maria!”

Em italiano, Francisco citou o sequestro dos metropolitas greco-ortodoxo e sírio-ortodoxo de Aleppo, cuja libertação está sendo noticiada mas não foi ainda confirmada: "É mais um sinal da trágica situação que a querida nação síria está vivendo. Armas e violências continuam a semear morte e sofrimento. Rezo para que os dois bispos regressem rapidamente às suas comunidades e peço a Deus que ilumine os corações. Renovo o convite feito no dia de Páscoa para que cesse o derramamento de sangue, seja oferecida a necessária assistência humanitária à população e encontrada o quanto antes uma solução política para a crise".

Na conclusão do encontro Papa Francisco concedeu a todos a sua Benção Apostólica.

 
Fonte: Rádio Vaticana