sexta-feira, 20 de março de 2015

CELEBRANDO OS 50 ANOS DA RCC


Em comunhão com o Movimento de todo o mundo, a Renovação Carismática Católica do Brasil se organiza para estar presente neste momento de profunda intimidade com o Espírito Santo e grande festa!

Por isso, a RCCBRASIL oferece um pacote especial de peregrinação para o Jubileu de Ouro. São oito dias de peregrinação por Roma, com saída em 29 de maio de 2017 e retorno no dia 5 junho. Aos interessados que adquirir o pacote até 28 de fevereiro o valor é de R$4.880,00 mais a taxa de adesão de R$180,00. Após esta data, o valor será de R$5.880,00.

Para saber sobre as formas de pagamento, conhecer os pacotes adicionais e outras informações, entre em contato pelo e-mail peregrinacao@rccbrasil.org.br ou pelo telefone (12) 3151-4155.

Ao relembrar todas essas maravilhas neste dia, queremos junto com a RCC do mundo, glorificar a Deus pelas inúmeras graças derramadas ao longo desses 48 anos, pelas incontáveis famílias que foram transformadas pelo Batismo no Espírito Santo, pelos muitos encontros pessoais com Jesus, pelos tantos corações que um dia foram impactados ao saber: “Jesus te ama!”.

Que pela intercessão da Beata Elena Guerra, nós, Renovação Carismática Católica, sejamos semeadores eficazes da Cultura de Pentecostes. Que sejamos tão apaixonados por Jesus, a ponto de colocar nossa vida em missão! E continuemos sempre atentos ao mover do Espírito, que nos conduz a caminhar sempre de acordo com sua vontade.
RCC Brasil



WHATSAPP É A NOVA FERRAMENTA DE ATENDIMENTO PARA SEDE NACIONAL E PEREGRINAÇÕES


Atualmente, a tecnologia oferece uma série de ferramentas que facilitam a comunicação entre as pessoas, mesmo a longas distâncias. Um bom exemplo é o WhatsApp, um aplicativo que envia gratuitamente mensagens de texto, áudio e até mesmo vídeos. Para isso, basta ter um celular com acesso à Internet.
Pensando em conectar ainda mais os carismáticos, facilitando a interação e disponibilidade de informações, o Escritório Administrativo da RCCBRASIL passa agora a usar o WhatsApp para os atendimentos relacionados à construção da Sede Nacional e também às peregrinações. Temos então, além do chat, uma nova forma de nos relacionarmos institucionalmente com carismáticos de todos os locais.
Os atendimentos via WhatsApp já estão sendo realizados e vêm surpreendendo os funcionários do Escritório devido à agilidade com que as pessoas passaram a ser atendidas. No caso das peregrinações, a pessoa interessada envia mensagens acerca dos pacotes e promoções e já recebe resposta imediata via celular. O atendimento é então concluído através do e-mail, canal por onde são enviados os documentos específicos. O aplicativo já diminuiu até mesmo os atendimentos pelo telefone.
No caso da Sede Nacional, a novidade tem gerado proximidade com os colaboradores e carismáticos interessados em se informar sobre a obra. A ideia é usar o WhatsApp como uma ferramenta opcional e prática, que complemente o chat, para a comunicação entre os semeadores diocesanos e estaduais. Uma comunicação a mais para suprir as dúvidas e possíveis pedidos de materiais institucionais referentes à construção.
Quem quiser ter acesso aos canais da RCCBRASIL no WhatsApp basta adicionar os números na agenda do celular. O número de contato para a Sede Nacional é o (12) 9 82580024. Para as peregrinações, o número é (12) 98100-2613, ambos da operadora TIM. O horário de atendimento no aplicativo é de segunda a sexta-feira, em horário comercial, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h. É indicado que, ao enviar a mensagem, a pessoa se identifique com nome, local onde mora e assunto.


Retiro de Formação " Sentinelas da Manhã"



Alô Líderes Jovens da Diocese de Patos.

Dias 10,11 e 12 de Abril na cidade de Patos.


Ministério Jovem RCCPatos

PAPA: DEUS SONHA COM A ALEGRIA DO SEU POVO


O Papa Francisco iniciou sua semana celebrando a Missa na capela da Casa Santa Marta.

Partindo da primeira leitura do Profeta Isaías, onde o Senhor diz que criará “novos céus e nova terra”, o Papa reiterou que a segunda criação de Deus é ainda mais “maravilhosa” do que a primeira, porque “quando o Senhor refaz o mundo corrompido pelo pecado”, o ‘refaz’ em Jesus Cristo. Neste renovar tudo, Deus manifesta a sua imensa alegria:

“Encontramos que o Senhor tem tanto entusiasmo: fala de alegria e de uma palavra: ‘Sentirei alegria em meu povo’. O Senhor pensa naquilo que fará, pensa que Ele, Ele próprio, estará na alegria com o seu povo. É como se fosse um sonho do Senhor: o Senhor sonha. Tem os seus sonhos. Os seus sonhos em relação a nós. ‘Ah, que belo quando nos encontraremos todos juntos, quando nos encontraremos lá ou quando aquela pessoa caminhará comigo... Naquele momento, sentirei alegria!’. Para dar um exemplo que possa nos ajudar, é como se uma moça com o seu namorado ou o jovem com a namorada (pensasse): ‘Mas quando estivermos juntos, quando nos casarmos …’. É o ‘sonho’ de Deus”.

Francisco prosseguiu dizendo que “Deus pensa em cada um de nós” e pensa de maneira positiva, “nos quer bem, ‘sonha’ pensando em nós. Sonha com a alegria que sentirá conosco. Por isso, o Senhor quer nos ‘re-criar’, fazer com que nosso coração se renove, ‘re-criar’ o nosso coração para que a alegria triunfe”:

"Vocês pensaram? O Senhor sonha comigo, pensa em mim! Eu estou na mente, no coração do Senhor! O Senhor é capaz de mudar a minha vida e faz muitos planos: Construiremos casas, plantaremos vinhas e comeremos juntos... todos esses sonhos que faz somente uma pessoa apaixonada. O Senhor se mostra apaixonado pelo seu povo e lhe diz: Eu não escolhi você porque você é o mais forte, grande e poderoso. Eu escolhi você porque você é o menor de todos. Pode-se dizer: o mais miserável de todos, mas eu escolhi você assim e isso é amor."

Deus "é apaixonado por nós", repetiu o Papa, comentando também a passagem do Evangelho sobre a cura do filho do funcionário do rei:

"Acredito que não exista teólogo que possa explicar isso: não se explica. Somente sobre isso se pode pensar, sentir e chorar de alegria. O Senhor pode nos mudar. E o que devo fazer? Crer. Crer que o Senhor pode me mudar, que Ele é poderoso: como fez aquele homem, no Evangelho, que tinha um filho doente. Senhor, vem antes que o meu filho morra. Vai, o teu filho vive! Aquele homem acreditou na palavra que Jesus lhe tinha dito e se colocou a caminho. Ele acreditou. Acreditou que Jesus tinha o poder de mudar o seu filho, a saúde de seu filho. E venceu. A fé significa abrir espaço para este amor de Deus, é abrir espaço para a força, para o poder de Deus, mas não ao poder de um que é muito poderoso, mas ao poder de uma pessoa que me ama, que é apaixonada por mim e quer a minha alegria comigo. Isto é fé. Isto é crer: é abrir espaço ao Senhor para que Ele venha e me mude." (BF/MJ)

(from Vatican Radio)


VEM AÍ O ENCONTRO QUE VAI MUDAR SUA VIDA


I Encontro de Formação: Sentinelas da Manhã
Preparaa Sentinelaaaa. 

Um novo tempo para a Juventude da Diocese de Patos. O ministério Jovem da 
RCC Patos prepara um encontro de Formação, que será realizado na Escola Premen no Bairro Salgadinho, nos dias 10,11 e 12 de abril. A inscrição custa R$ 20,00.
Mais informações: 
Jefferson Martins
(83) 9938-5805

SAIBA MAIS RCC: VOCÊ CONHECE O SAVIC?

A Renovação Carismática Católica do Brasil procura de diversas formas fortalecer cada vez mais a unidade entre todos os membros do Movimento. Em vista disso, mobiliza ações, gerencia projetos e cria ferramentas para auxiliar nesta missão de fazer da RCC uma só, que caminhe pelo Espírito, em uma mesma direção. E é para isso que o SAVIC foi criado! Por isso, preparamos uma série especial para que você entenda, durante as próximas semanas, cada função desse sistema.

O que é o SAVIC?

O SAVIC é o Serviço de Atendimento à Vida Carismática que foi criado pela RCCBRASIL para facilitar a comunicação e gestão do Movimento. Ele auxilia o contato entre os membros de diversas instâncias e também pode aproximar os Grupos de Oração de quem nunca teve a oportunidade de fazer a experiência do Batismo no Espírito Santo.
Quem pode acessar o SAVIC?

Em sua atual fase, o acesso ao SAVIC está liberado para coordenadores estaduais, coordenadores diocesanos e coordenadores de Grupo de Oração e de Ministérios.
Os coordenadores de Grupo de Oração ao realizarem o cadastramento do seu Grupo no Portal, passam automaticamente a fazer parte do SAVIC. Já os coordenadores diocesanos precisam ser cadastrados no sistema por seu coordenador estadual. Depois que o estadual fizer esse trabalho e repassar a senha provisória para todos, os diocesanos podem acessar o SAVIC com o seu número de CPF para cadastrar uma nova senha e atualizar seus dados.
Já os coordenadores de Ministérios precisam ser cadastrados pelos coordenadores de sua respectiva instância.

O SAVIC espera por você

Para que essa rede de comunicação funcione bem, a ajuda de cada coordenador é muito importante! O SAVIC só tem sentido se os coordenadores utilizarem suas funções, por isso explicaremos durante as próximas semanas cada uma delas.

Além disso, a atualização constante dos dados, principalmente as informações sobre telefone, e-mail e endereço, permite que o coordenador tenha contato direto com a RCCBRASIL, tendo acesso rápido a notícias e formações do Boletim Eletrônico e Revista Renovação, descontos na Editora RCCBRASIL e promoções especiais do IEAD. Essa atualização constante também evita problemas de retorno de correspondências.

Um dos elementos importantes que integram o SAVIC é o Cadastro Nacional de Grupo de Oração. Ele permite que mais pessoas, além dos participantes, conheçam as atividades de seu Grupo de Oração e possam até participar de seus eventos (em breve, uma matéria especial sobre o Cadastro Nacional).

Se você é coordenador de Grupo de Oração e não está cadastrado no SAVIC ou precisa atualizar seus dados, acesse a página do GRUPO DE ORAÇÃO e escolha a opção correspondente à atividade que deseja realizar.

Saiba mais sobre a RCC do Brasil, conheça o SAVIC e ajude-nos a fortalecer a unidade do Movimento, mantendo os cadastros atualizados.

Não perca nossa próxima matéria: SAVIC, a liderança bem informada.

Fonte: RCC Brasil


O SEU GRUPO DE ORAÇÃO DEVE ESTAR NAS REDES SOCIAIS

Há muito tempo as redes sociais são uma extensão do nosso cotidiano, não podendo mais ser separado da nossa vida “offline”. O cristão não pode se abster desse novo desafio de professar a sua fé. O próprio Papa Emérito Bento XVI convidou todos cristãos a anunciar que o Senhorio de Jesus também no meio online.


“Em todo o caso, quero convidar os cristãos a unirem-se confiadamente e com criatividade consciente e responsável na rede de relações que a era digital tornou possível; e não simplesmente para satisfazer o desejo de estar presente, mas porque esta rede tornou-se parte integrante da vida humana. A web está a contribuir para o desenvolvimento de formas novas e mais complexas de consciência intelectual e espiritual, de certeza compartilhada. Somos chamados a anunciar, neste campo também, a nossa fé: que Cristo é Deus, o Salvador do homem e da história, Aquele em quem todas as coisas alcançam a sua perfeição (cf. Ef 1, 10).” Papa Bento XVI - 45º Dia Mundial Das Comunicações Sociais


Por isso que seu Grupo de Oração também tem que estar presente nas redes sociais e assim “partilhar a sua esperança e da sua alegria: a fé em Deus, rico de misericórdia e amor, revelado em Jesus Cristo.”

quinta-feira, 19 de março de 2015

Mártires do nosso tempo

altRecentemente fomos impactados com as imagens que circularam na internet exibindo um vídeo divulgado pelo Estado Islâmico em que 21 jovens cristãos são literalmente decapitados à beira de uma praia. Estes jovens egípcios foram assassinados por serem cristãos e a gravação revela a que nível de perseguição os cristãos do Oriente Médio estão sendo vítimas. O crime, tornado público pelos próprios algozes, tem certamente o intuito de intimidar outros cristãos, ferir as famílias das vítimas, e fazer o mundo todo sentir o seu “poder”. Uma ação demoníaca, não temos dúvida!
Ontem e hoje, cristãos têm sido alvo de perseguições. Desde os primeiros Profetas tem sido assim. E assim foi com o próprio Cristo. Quanto mais não o será com os Seus discípulos... Ele mesmo nos advertiu quando disse “Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro odiou a mim. O servo não é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, perseguirão também a vós” (cf. Jo 15, 18. 20).
Não menos forte é o testemunho da família de dois dos jovens assassinados. Perguntados sobre os seus sentimentos acerca do que sofreram, dizem que sentem orgulho de seus irmãos e que eles também são orgulho para a cristandade. “O EI ajudou a fortalecer a nossa fé”, disseram. E foram além, afirmando que “desde os tempos de Roma, nós, como cristãos, temos sido alvo de martírios. Isso só nos ajuda a nos fortalecer em certos períodos de crise, porque a Bíblia nos ensina a amar os nossos inimigos e a abençoar os que nos amaldiçoam”. E, em seguida, eles clamam pela salvação dos assassinos, pedindo que Deus abra seus olhos e livre-os da ignorância. Grande é esta fé!
E o que toca a cada um de nós quando assistimos a esses acontecimentos? Passaremos imunes e indiferentes a tudo isso? Será mais uma notícia de jornal, em um lugar distante do mundo, com pessoas que sequer conhecemos? Ficaremos apenas chocados com a brutalidade das cenas, e deixaremos lágrimas de emoção caírem de nossos olhos sem que nos penetre verdadeiramente a alma? O testemunho desta família é algo bonito de se ouvir, mas “surreal” para nós?
Diante do martírio destes cristãos e do testemunho desta família, o primeiro sentimento que deve brotar em nós é o da vergonha da nossa pouca fé. Somos também chamados à radicalidade da fé! Sem negociá-la, sem ocultá-la, sem nos intimidar diante das circunstâncias que se nos apresentam. Vivamos a fé de forma integral em todos os aspectos e âmbitos de nossa vida. Não existe fé pela metade, fé de circunstância, de ocasião, nem, muito menos, fé interesseira.
Assumamos o nosso lugar de cristãos e professemos a nossa fé no nosso modo de viver, na família, na comunidade, no trabalho, no cargo que ocupamos, na Igreja e no mundo. Quem vive autenticamente a sua fé cristã, pautando sua vida pelo Evangelho, amando, perdoando, doando-se, sacrificando-se por amor, não corrompendo-se, este também está vivendo uma espécie de martírio, não o de sangue, mas o martírio silencioso de quem prefere aos outros do que a si mesmo, de quem não nega que Cristo é o Senhor da sua vida, mesmo que para isso precise sacrificar tantas coisas.
O que Deus está pedindo de você, de nós? Como tem sido o nosso testemunho? Estamos vivendo a mediocridade de uma “fé” circunstancial e de aparências ou estamos progredindo na busca da intimidade com Deus que nos leva dia após dia à santidade e ao testemunho verdadeiro?  
Que o sangue dos Mártires não seja derramado em vão! Que deles aprendamos a prosseguir até o fim na nossa missão, com Deus, em Deus e por Deus. Que o Espírito Santo nos fortaleça diante das batalhas, nos momentos desafiadores da nossa fé, naquelas horas que mais precisamos de coragem para permanecermos firmes na Palavra e na Verdade. Nos mártires do nosso tempo vejamos um grande exemplo, e no maior deles, Jesus Cristo, tenhamos a certeza de que a Sua vitória é a nossa e de que nada do que for feito por amor a Ele ficará sem a sua recompensa!
Unidos pelo testemunho da fé até o fim!

Crianças: o grande dom para a humanidade

alt

Apresentamos a íntegra da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira, 18 de março. 
“Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Depois de ter revisado as diversas figuras da vida familiar – mãe, pai, filhos, irmãos, avós – gostaria de concluir este primeiro grupo de catequeses sobre família falando das crianças. Farei isso em dois momentos: hoje me concentrarei no grande dom que as crianças são para a humanidade – é verdade, são um grande dom para a humanidade, mas também são as grandes excluídas porque muitas vezes nem as deixam nascer – e depois me concentrarei em algumas feridas que infelizmente fazem mal à infância. A mim vem em mente as tantas crianças que encontrei durante a minha última viagem à Ásia: cheias de vida, de entusiasmo e, por outro lado, vejo que no mundo muitas delas vivem em condições indignas… De fato, do modo como são tratadas as crianças se pode julgar a sociedade, mas não somente moralmente, também sociologicamente, se é uma sociedade livre ou uma sociedade escrava de interesses internacionais.
Em primeiro lugar, as crianças nos recordam que todos, nos primeiros anos da vida, fomos totalmente dependentes dos cuidados e da benevolência dos outros. E o Filho de Deus não poupou esta etapa. É o mistério que contemplamos a cada ano, no Natal. O Presépio é o ícone que nos comunica esta realidade no mundo de forma mais simples e direta. Mas é curioso: Deus não tem dificuldade em se fazer entender pelas crianças, e as crianças não têm problemas em entender Deus. Não por acaso, no Evangelho há algumas palavras muito belas e fortes de Jesus sobre os “pequenos”. Este termo “pequenos” indica todas as pessoas que dependem da ajuda dos outros e, em particular, as crianças. Por exemplo, Jesus diz: “Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos” (Mt 11, 25). E ainda: “Guardai-vos de menosprezar um só destes pequenos, porque eu vos digo que seus anjos no céu contemplam sem cessar a face de meu Pai que está nos céus” (Mt 18, 10).
Então, as crianças são em si mesmas uma riqueza para a humanidade e também para a Igreja, porque nos chamam de volta constantemente à condição necessária para entrar no Reino de Deus: aquela de não nos considerarmos auto-suficientes, mas necessitados de ajuda, de amor, de perdão. E todos precisamos de ajuda, de amor e de perdão!
As crianças nos recordam uma outra coisa bela; recordam-nos que somos sempre filhos: mesmo se a pessoa se torna adulta, ou idosa, mesmo se se torna pai, se ocupa um lugar de responsabilidade, abaixo de tudo isso permanece a identidade de filho. Todos somos filhos. E isso nos reporta sempre ao fato de que a vida não fomos nós que a demos, mas a recebemos. O grande dom da vida é o primeiro presente que recebemos. Às vezes arriscamos viver esquecendo-nos disso, como se fôssemos nós os patrões da nossa existência, e em vez disso somos radicalmente dependentes. Na realidade, é motivo de grande alegria sentir que em cada idade da vida, em cada situação, em cada condição social, somos e permanecemos filhos. Esta é a principal mensagem que as crianças nos dão, com sua própria presença: somente com a presença nos recordam que todos nós e cada um de nós somos filhos.
Mas há tantos dons, tantas riquezas que as crianças levam à humanidade. Recordo apenas algumas. Levam seu modo de ver a realidade, com um olhar confiante e puro. A criança tem uma confiança espontânea no pai e na mãe; e tem uma espontânea confiança em Deus, em Jesus, em Nossa Senhora. Ao mesmo tempo, o seu olhar interior é puro, ainda não poluído pela malícia, pela duplicidade, pelas “incrustações” da vida que endurecem o coração. Sabemos que também as crianças têm o pecado original, que têm seus egoísmos, mas conservam uma pureza e uma simplicidade interior. Mas as crianças não são diplomatas: dizem aquilo que sentem, dizem aquilo que veem, diretamente. E tantas vezes colocam os pais em dificuldade, dizendo diante de outras pessoas: “Eu não gosto disso porque é ruim”. Mas as crianças dizem aquilo que veem, não são pessoas duplas, ainda não aprenderam aquela ciência da duplicidade que nós adultos, infelizmente, aprendemos.
Além disso, as crianças – em sua simplicidade interior – levam consigo a capacidade de receber e dar ternura. Ternura é ter um coração “de carne” e não “de pedra”, como diz a Bíblia (cfr Ez 36, 26). A ternura é também poesia: é “sentir” as coisas e os acontecimentos, não tratá-los como meros objetos, somente para usá-los, porque servem…
As crianças têm a capacidade de sorrir e de chorar: algumas, quando as pego para abraçá-las, sorriem; outras me veem vestido de branco e acreditam que eu sou um médico e que vim para vaciná-las, e choram… mas espontaneamente! As crianças são assim: sorriem e choram, duas coisas que em nós grandes muitas vezes “são bloqueadas”, não somos mais capazes… Tantas vezes o nosso sorriso se torna um sorriso de papelão, uma coisa sem vida, um sorriso que não é vivo, um sorriso artificial, de palhaço. As crianças sorriem espontaneamente e choram espontaneamente. Depende sempre do coração e muitas vezes o nosso coração se bloqueia e perde essa capacidade de sorrir, de chorar. E então as crianças podem nos ensinar de novo a sorrir. Mas, nós mesmos, devemos nos perguntar: eu sorrio espontaneamente, com frescor, com amor ou o meu sorriso é artificial? Eu ainda choro ou perdi a capacidade de chorar? Duas perguntas muito humanas que as crianças nos ensinam.
Por todos esses motivos, Jesus convida os seus discípulos a “se tornarem como crianças”, porque “quem é como elas pertence ao Reino de Deus” (cfr Mt 18, 3; Mc 10, 14).
Queridos irmãos e irmãs, as crianças levam vida, alegria, esperança, também problemas. Mas a vida é assim. Certamente também trazem preocupações e às vezes tantos problemas; mas é melhor uma sociedade com estas preocupações e estes problemas que uma sociedade triste e cinza porque ficou sem crianças! E quando vemos que o nível de nascimento de uma sociedade chega apenas a um por centro, podemos dizer que esta sociedade é triste, é cinza, ficou sem as crianças”.
Fonte: Zenit

quarta-feira, 18 de março de 2015

RCC Guarabira realiza 1º dia da unidade de 2015

No último domingo, dia 08 de março, a RCCGuarabira se reuniu na cidade de Arara/PB para celebrar e vivenciar seu 1º Dia da Unidade do ano. O encontro contou com a presença dos diversos Grupos de Oração e líderes do Movimento Carismático na diocese, contando também com a participação de Julianne Leiros (Presidente da RCC Arquidiocese da PB), Jonnatha Augusto (Coordenador Arquidiocesano do Ministério de Pregação) e Jacqueline Marinho (Coordenadora Arquidiocesana do Ministério Universidades Renovadas).
O Dia da Unidade iniciou a partir das 08h da manhã com o credenciamento dos participantes e café da manhã, em seguida foi feita a oração do Santo Terço entregando todo o nosso dia de espiritualidade nas mãos de Nossa Senhora. Logo depois, com a chegada da maioria dos participantes ao local do encontro, seguimos com a programação realizando um momento de louvor e animação levando os servos dos GOs a se colocarem na presença do Senhor.Dia da Unidade Guarabira 2
Edson Pereira, Presidente da RCCGuarabira, foi quem conduziu todo o momento da oração inicial, e levou a família carismática a tomar posse da moção que o Senhor colocou em seu coração para diocese de Guarabira no ano de 2015. “Esse ano o Senhor não nos levará apenas a andar ou correr no Espírito, mas o Senhor nos fará voar no Espírito Santo”, disse.
Prosseguindo a manhã, tivemos a primeira pregação do dia com Julianne Leiros, Presidente da RCC Arquidiocese da PB, onde a mesma nos levou a refletir sobre o tema do ano discernido pela RCCBRASIL, “Se vivemos pelo Espírito, andemos também no Espírito” – Gl 5, 25. “Se você é do Espírito Santo, seus comportamentos precisam ser de uma pessoa cheia do Espírito Santo", afirmou. Após a pregação, Padre Anselmo, Diretor Espiritual da RCCGuarabira conduziu um belo momento de adoração ao Santíssimo. Dia da Unidade Guarabira 3À tarde, no retorno as atividades, tivemos a segunda pregação com Jonnatha Augusto, Coordenador Arquidiocesano do Ministério de Pregação, onde ele conduziu as pessoas a buscarem viver no amor de Deus. "Quem não vive do amor de Deus, vive aprisionado", ressaltou.
Por fim, encerramos o nosso encontro com a Santa Missa presidida pelo Padre Joaquim Felipe, e em nosso coração a certeza que nos é necessário voltar ao primeiro amor buscando a unidade com os irmãos e regrando a nossa vida no Espírito Santo.
Por Equipe Diocesana do Ministério de Comunicação Social,
RCCGuarabira.

Mais uma vez somos destaque no Site da Rcc Paraíba com o Tema II Jesus na Praça leva multidão ao centro de Santa Luzia na Paraíba

Os fiéis católicos lotaram o centro de Santa Luzia-PB na noite deste sábado, 07 de fevereiro, para participar do II Jesus na Praça, promovido pela Renovação Carismática Católica da cidade.
O II Jesus na Praça repetiu o sucesso de 2014 e garantiu uma grande multidão que viveu momentos de louvores e adoração. O evento começou com apresentação do Ministério de Música Vida Nova da RCC – Santa Luzia. Já na abertura foram anunciadas as diversas caravanas que vinham principalmente das cidades de Junco do Seridó, São Mamede, Várzea e São José do Sabugi. 
Após um momento de intenso louvor e animação, toda comunidade se preparou para receber a bênção do Santíssimo Sacramento que foi ministrada pelo Padre Elias Ramalho Gomes, pároco de Santa Luzia. 
O Ministério de Música Vida Nova retomou a animação e encerrou com grande fervor o II Jesus Na Praça. De acordo com os organizadores, o evento levou a Evangelização ao centro da cidade colaborando para ampliar o alcance da Palavra de Deus anunciada através da música. O evento também serviu como motivação para participação da comunidade no XIII Retiro de Carnaval que será realizado na Igreja do Rosário.

Por José Aderivaldo (Pascom) e Suely Oliveira (MCS) - Santa Luzia/PB

71. PLC 122: o projeto de destruição da família com Pe. Paulo Ricardo


O Projeto de Lei da Câmara n. 122/2006, conhecido nos meios cristãos como lei da "mordaça gay"01 e originariamente apresentado pela deputada Iara Bernardi (PT-SP) modificando várias normas do Direito brasileiro e criminalizando a chamada "homofobia", recebeu um substitutivo, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS) – que seria submetido à votação no dia 20 de novembro, mas, graças às ligações e mensagens do povo brasileiro aos seus parlamentares, teve sua apreciação adiada02.

O relatório do parlamentar petista pretende colocar panos quentes em toda a discussão gerada pelo projeto original. "Ouvimos todos e não entramos na polêmica da homofobia. Essa foi a primeira mudança para elaboração desse relatório"03, diz o texto do novo projeto. No entanto, mesmo sem entrar "na polêmica da homofobia", o novo PLC 122 traz uma arma perigosa e ainda mais letal: a ideologia de gênero. O instrumento para ludibriar a população continua sendo a manipulação da linguagem, pelo qual é inoculado em termos aparentemente inofensivos um conteúdo ideológico e revolucionário. Assim, se o antigo texto disfarçava sob a expressão "homofobia" qualquer discordância da agenda homossexual, o novo texto esconde a ideia de que as pessoas não apenas recebem sua sexualidade como um dado biológico, mas são responsáveis por construir sua "identidade de gênero" – o termo aparece 5 vezes no substitutivo do senador Paulo Paim. Ou seja, embora a ênfase tenha mudado, a perversão continua.

As modificações introduzidas no texto do projeto de lei integram um script pré-concebido para desestabilizar totalmente a família tradicional. Ao contrário do que os meios de comunicação mostram, este processo de subversão não é algo "automático", como se o reconhecimento de "novas configurações" de família fosse uma expressão do zeitgeist ("espírito dos tempos") ou do "progresso" da civilização. Trata-se de um programa de ação sistemática idealizado justamente para destruir a família, já que esta, da forma como é concebida pela moral judaico-cristã, é um empecilho para que aconteça a revolução comunista tanto querida por Karl Marx. Para identificar isto, basta que se leia o famoso "A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado", iniciado por Marx, mas concluído por Engels; basta que se procurem as obras dos ideólogos de gênero, para descobrir quais são seus verdadeiros intentos.

Já que a família tradicional não está tragicamente fadada a desaparecer, a menos que os seus defensores fiquem de braços cruzados, é importante que os cristãos e conservadores deste país se juntem neste esforço político comum: combater a implantação da agenda de gênero na sociedade brasileira.

Católicos, protestantes, judeus, espíritas ou quaisquer homens de boa vontade são chamados a fazer uma coalizão a fim de defender o patrimônio moral que moldou o Ocidente, independentemente das diferenças que existam entre si, por maiores que sejam. O adversário – a esquerda – sabe perfeitamente qual o esquema para vencer: colocar os conservadores – especialmente os cristãos – uns contra os outros.

Ora, é evidente que os católicos, acatando as posições morais e doutrinárias da Igreja Católica, continuarão tentando converter os protestantes – e vice-versa. No entanto, é preciso que todos aqueles que creem em Cristo tomem consciência do perigo maior que ronda a sociedade neste momento. Não se pode brigar por causa de um "arroz queimado" na cozinha quando a casa inteira está sendo incendiada. É preciso, antes, apagar o fogo da casa, para, depois, discutir o arroz. Da mesma forma, ao invés de lançar brigas no seio do movimento conservador, é necessário que os cristãos se unam contra o inimigo comum; se não, ambos serão destruídos.

O que os socialistas realmente querem é a destruição da moral judaico-cristã, e não o reconhecimento de supostos "direitos homossexuais". Os marxistas estão a utilizar os homossexuais como "ponta de lança", pois é sabido que, nos regimes comunistas de Stálin, Mao e Fidel Castro, foram justamente os homossexuais os primeiros a morrer, ora fuzilados em "paredões", ora oprimidos em campos de concentrações. Isto explica por que, diante de padres e pastores tentando ser fiéis à sua religião, o movimento gayzista faz um alarde, mas, diante dos crimes perpetrados pelas ditaduras socialistas contra os homossexuais, eles se calam: o movimento LGBT é amplamente subvencionado pelo marxismo cultural.

A votação do PL 122 na Comissão de Direitos Humanos não foi cancelada, mas apenas adiada. Por isso, é importante que a população brasileira continue enviando e-mails e telefonando ao Senado Federal, para mostrar que não quer a agenda de gênero implantada em nosso país. Os telefones e e-mails dos senadores da referida Comissão estão disponíveis no site do articulista Julio Severo04.

Material de Estudo

A agenda de gênero - Redefinindo a igualdade
Referências

Ao final de 2011, o padre Paulo gravou uma aula sobre os perigos deste projeto. Cf. Aula Ao Vivo n. 9: PL 122, a lei da mordaça gay.
"A pressão sobre o PLC 122 foi tão grande que o senador Paulo Paim, autor de uma mudança no PLC 122 que supostamente deixava o projeto "inócuo," teve de retirá-lo da pauta da votação, que seria hoje", segundo o blog do Julio Severo.
Substitutivo do Projeto de Lei da Câmara nº 122, de 2006 – Senado

Urgente: PLC 122 pode ser aprovado nesta quarta-feira, dia 20 | Julio Severo

198. Quais as consequências de se crer na reencarnação? com Pe. Paulo Ricardo


O número crescente de pessoas aderindo à doutrina espírita foi notado pela Igreja ainda na época do Concílio Vaticano II. Em um de seus principais documentos - a Constituição Dogmática Lumen Gentium -, faz um alerta, recordando as Sagradas Escrituras:

Mas, como não sabendo o dia nem a hora, é preciso que, segundo a recomendação do Senhor, vigiemos continuamente, a fim de que no termo da nossa vida sobre a terra, que é só uma, mereçamos entrar com ele para o banquete de núpcias e ser contados entre os eleitos… (DH 4168)
Apesar disso, muitos têm buscado nessa doutrina errônea uma espécie de consolo, muito embora ela não apresente nenhum fundamento bíblico, nenhuma prova empírica ou científica e muito menos qualquer substrato lógico. A reencarnação nada mais é do que uma tentação ao comodismo, uma tentação infantil, pois, as crianças, quando brincam, entram no mundo do faz-de-conta. Elas pensam que a vida é um jogo eletrônico: pode-se consumir as "vidas" e se der Game Over, basta começar tudo outra vez.

Elas não aprenderam ainda a responsabilidade da existência. Quanto aos adultos, espera-se deles que saibam que a vida não é um jogo e que cada passo dado tem consequências, algumas irreversíveis. Nem todas agradáveis. Esta realidade de causa-consequência que se vê no mundo material é a pedagogia de Deus para mostrar que a vida é séria.

Todavia, parece ser mais confortável pensar que se pode sempre recomeçar. Na verdade, é uma armadilha do diabo para alcançar seu objetivo primeiro que é perder as almas. Ao convencer mais e mais pessoas de que tudo é permitido e que novas chances de "evolução" virão com uma nova vida, ele consegue seu intento. E sem muito esforço, é preciso dizer, pois existe uma tendência no homem a crer nesse "recomeço" - uma tendência muito bem conhecida e aproveitada pelo diabo.

Não é possível, porém, enganar-se: existe uma só vida, dizem as Sagradas Escrituras. Também de modo claro, o Catecismo da Igreja Católica:

A morte é o fim da peregrinação terrestre do homem, do tempo da graça e da misericórdia que Deus lhe oferece para realizar sua vida terrestre segundo o projeto divino e para decidir seu destino último. Quando tiver terminado o único curso da nossa vida terrestre, não voltaremos mais a outras vidas terrestres. Os homens devem morrer uma só vez. Não existe reencarnação depois da morte. (1013)
Historicamente, muitos povos e culturas creram na reencarnação. Antes mesmo da vinda de Jesus e também nas religiões orientais que professam a reencarnação ou a metempsicose.

Até mesmo dentro do cristianismo a reencarnação conseguiu encontrar adeptos, como por exemplo, Orígenes, que, por influência do neoplatonismo, ensinava que as almas um dia estiveram junto de Deus, mas "esfriaram", vieram para o mundo e foram aprisionadas. As almas foram guardadas dentro de um "sôma", corpo, que recorda a palavra "sema", túmulo, ou seja, as almas estariam aprisionadas dentro de um "corpo de morte". E o homem verdadeiro seria somente a alma, não o corpo. Diante disso, nota-se que a antropologia da reencarnação não pode ser considerada cristã. Para os reencarnacionista, o homem é somente a alma e o corpo é uma caixinha, um invólucro, uma embalagem descartável. A alma será preservada e sucessivamente melhorada até que chegue a Deus.

Esta é uma heresia que a Igreja condenou inúmeras vezes ao longo dos séculos. Orígenes recebeu contra si os anátemas (conf. DH 403-411), como também os albigenses na Idade Média (conf. DH 800 e seguintes) e mais recentemente, no Concílio Vaticano II. Com efeito, é importante compreender que, embora a ideia da reencarnação seja atraente, ela carrega em si uma perversão: o homem se torna a sua própria salvação. Jesus Cristo não é necessário. Cada homem, por seu esforço e cruz carregada, construirá uma Torre de Babel e um dia chegará ao céu.

A reencarnação não somente não leva a vida a sério, como não leva a redenção de Cristo a sério. Portanto, aqueles que creem na reencarnação não podem ser chamados verdadeiramente de "cristãos". E, se os espíritas se dizem cristãos, o são somente em sentido muito amplo, posto que consideram Jesus apenas um espírito de luz que veio para guiar as almas.

Ora, o Cristianismo não é isso. Cremos que o Verbo (Deus) se fez homem inteiro, corpo e alma e, deste modo, cada um irá um dia triunfar com Deus no céu. Os espíritas, dizem crer na reencarnação, nós, cristãos dizemos: "creio na ressurreição dos mortos e na vida eterna. Amém."

Por que somos tentados?

De onde vem a tentação? Qual seu objetivo?
Jesus foi tentado peço demônio; e Ele não tinha o pecado original; então, mesmo Ele e a Virgem Maria podiam ser tentados como Adão e Eva também foram, antes do pecado original. Quem foi criado livre, à imagem e semelhança de Deus, pode ser tentado, não só pelo demônio – o principal tentador – mas também pelo mau uso da liberdade e demais faculdades da alma, como aconteceu com os anjos no céu. Eles não foram tentados por alguém, mas caíram pelo uso mal da liberdade, não querendo servir a Deus, querendo ser “como Deus”. Foi o pecado de soberba, nascido dentro deles mesmos.
Sabemos que o pecado original desorganizou a nossa natureza e ela ficou sujeita à concupiscência; isto é, a atração para o mal, sobretudo para a soberba e orgulho, ganância e ambição, luxúria e adultério. Nossas faculdades inferiores já não obedecem docilmente às inferiores; e por isso há um combate entre o bem e o mal em nossos membros. Por isso, ao invés do homem usar as criaturas para chegar a Deus, ele muitas vezes se torna escravo delas. Elas exercem um fascínio sobre nós, e é ai que a tentação nos desvia de Deus. Nenhum de nós, enquanto estamos nesta vida, somos livres da tentação, por termos nascidos com inclinação ao pecado.
Por que o demônio nos tenta? Porque ele quer afastar-nos da amizade de Deus. Como ele perdeu esta amizade e experimenta definitivamente a frustração, então, tenta aliviar sua dor fazendo-nos também rejeitar a Deus e participar da sua danação. Quem é revoltado como ele, não pode ver os outros em paz e feliz, porque se sente mal com isso.combate_espiritual
O livro da Sabedoria explica algo muito importante: “Ora, Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza. Foi por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão” (Sab 2,23-24). “Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma” (Sab 1,13).
O livro do Apocalipse revela uma triste realidade; “houve uma batalha no céu, Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão, Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra, e com ele os seus anjos” (Ap 12,9). São Pedro chama o demônio de adversário a contra quem devemos estar atentos: “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como leão que ruge, buscando a quem possa devorar. Resisti-lhe fortes na fé” (1Pe 5,8).
O demônio é um revoltado contra Deus e contra o Seu Reino, por isso Jesus veio vencê-lo e destruir o seu reino, com Sua morte na Cruz. A morte que o demônio faz entrar no mundo, pelo pecado, é a morte espiritual, da qual a morte física é um sinal. São Paulo explica tudo quando diz que “o salário do pecado é a morte” (Rom 6,23). Há duas mortes, diz São Tomás, uma é quando o corpo se separa da alma, mas a pior é a segunda, quando a alma se separa de Deus pelo pecado mortal.
São Leão Magno (†460), explica bem a ação do Mal: “O antigo inimigo, “disfarçando-se em anjo de luz” (2 Cor 11,14) não cessa de armar por toda parte as ciladas da mentira e de procurar de todo modo corromper a fé dos crentes. Sabe a quem incutir o ardor da cobiça, a quem oferecer os atrativos da gula, a quem inflamar com a luxúria, em quem infiltrar o veneno da inveja. Sabe a quem perturbar com a tristeza, a quem iludir com a alegria, a quem oprimir com o temor, a quem seduzir pela vaidade. Observa os costumes de todos, investiga as preocupações, perscruta os sentimentos; e procura meios de fazer mal onde vê alguém ocupar-se em algo com interesse. Entre os que acorrentou a si, dispõe de muitos peritos em suas artes, e serve-se de sua habilidade e sua língua para enganar os outros”.
para_estar_menorSão João disse que “o demônio peca desde o princípio. Eis porque o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio” (1 João 3,8). Foi a luta sangrenta do bom Pastor contra o lobo, para defender as ovelhas. O Pastor foi ferido mortalmente, mas ressuscitou, e o lobo foi vencido. São Agostinho falava do demônio como um cão acorrentado e na coleira, e que só morte quem lhe chega perto.
O Tentador atua, sobretudo, pela mentira. Jesus nos revelou sua farsa. “Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando diz a mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8,44-45). Toda tentação é uma sedução pela mentira; como foi com Eva no Paraíso, e também conosco.
Leia também:
Na tentação há algo de bom, senão Deus não a permitiria. Sabemos que o ferro é provado pelo fogo e os justos pela tentação. Nossa maturidade espiritual se forja nas tentações, como o atleta se fortalece nos treinos. Santo Agostinho disse que “toda tentação é uma forma de inquisição. Por meio dela o homem se conhece a si mesmo. Ninguém conhece a si mesmo se não é tentado; nem pode ser coroado, se não vence; nem vencer, se não luta; nem lutar, se lhe faltam inimigos”. “Não fujas das mãos do Artífice e não temas: Deus permite as tentações, não para te arruinar, mas para fazer-te mais forte”.
Orígenes de Alexandria (†284), Padre da Igreja, dizia: “Deus não quer impor o bem, ele quer seres livres… Para alguma coisa a tentação serve. Todos, com exceção de Deus, ignoram o que nossa alma recebeu de Deus, até nós divinizacao_menormesmos. Mas a tentação o manifesta, para nos ensinar a conhecer-nos e, com isso, descobrir-nos nossa miséria e nos obrigar a dar graças pelos bens que a tentação nos manifestou”.
Nas tentações verificamos o quanto progredimos na vida espiritual; se revelam as nossas virtudes, e por elas temos méritos diante de Deus.
Não cair em tentação envolve uma decisão do coração. “Onde está o teu tesouro, aí estará também teu coração… Ninguém pode servir a dois senhores” (Mt 6,21.24). “Se vivemos pelo Espírito, pelo Espírito pautemos também nossa conduta” (Gl 5,25).
Prof. Felipe Aquino

As pedras grandes e o vaso

Um professor de ciências de um colégio queria demonstrar um conceito aos seus alunos. Ele pegou um vaso de boca larga e colocou algumas pedras grandes dentro.
Então perguntou à classe: – Está cheio?
Unanimemente responderam: – Sim.
O professor então pegou um balde de pedregulhos e virou dentro do vaso. Os pequenos pedregulhos se alojaram nos espaços entre as rochas grandes. Então perguntou aos alunos: – E agora, está cheio?
Desta vez alguns estavam hesitantes, mas a maioria respondeu: – Sim.
O professor então levantou uma lata de areia e começou a derramar areia dentro do vaso. A areia então preencheu os espaços entre os pedregulhos.
Pela terceira vez o professor perguntou: – Então, está cheio?
Agora a maioria dos alunos estava receosa, mas novamente muitos responderam:
– Sim
O professor então mandou buscar um jarro de água e jogou-a dentro do vaso. A água saturou a areia. Neste ponto, o professor perguntou para a classe:
– Qual o objetivo desta demonstração?
Um jovem e brilhante aluno levantou a mão e respondeu:
– Não importa quanto a “agenda” da vida de alguém esteja cheia, ele sempre conseguirá “espremer” dentro mais coisas.
– Não – respondeu o professor.
– O ponto é o seguinte:
A menos que você coloque as pedras grandes em primeiro lugar dentro do vaso, nunca mais as conseguirá colocar lá dentro. As pedras grandes são as coisas importantes de sua vida: sua espiritualidade, sua família, namorado(a), seus amigos(as), seu crescimento pessoal e profissional. Se você preencher sua vida somente com coisas pequenas, como demonstrei com os pedregulhos, com a areia e a água, as coisas realmente importantes nunca terão tempo, nem espaço em suas vidas.
Retirado do livro: Sabedoria em parábolas – Ed. Cléofas

Papa: Deus está enamorado por nós e tem sonhos de amor por nós

Partindo da primeira leitura do Profeta Isaías, onde o Senhor diz que criará “novos céus e nova terra”, o Papa reiterou que a segunda criação de Deus é ainda mais “maravilhosa” do que a primeira, porque “quando o Senhor refaz o mundo corrompido pelo pecado”, o ‘refaz’ em Jesus Cristo. Neste renovar tudo, Deus manifesta a sua imensa alegria:
“Encontramos que o Senhor tem tanto entusiasmo: fala de alegria e de uma palavra: ‘Sentirei alegria em meu povo’. O Senhor pensa naquilo que fará, pensa que Ele, Ele próprio, estará na alegria com o seu povo. É como se fosse um sonho do Senhor: o Senhor sonha. Tem os seus sonhos. Os seus sonhos em relação a nós. ‘Ah, que belo quando nos encontraremos todos juntos, quando nos encontraremos lá ou quando aquela pessoa caminhará comigo... Naquele momento, sentirei alegria!’. Para dar um exemplo que possa nos ajudar, é como se uma moça com o seu namorado ou o jovem com a namorada (pensasse): ‘Mas quando estivermos juntos, quando nos casarmos …’. É o ‘sonho’ de Deus”.
Francisco prosseguiu dizendo que “Deus pensa em cada um de nós” e pensa de maneira positiva, “nos quer bem, ‘sonha’ pensando em nós. Sonha com a alegria que sentirá connosco. Por isso, o Senhor quer nos ‘re-criar’, fazer com que o nosso coração se renove, ‘re-criar’ o nosso coração para que a alegria triunfe”:
"Vós pensastes nisto? O Senhor sonha comigo, pensa em mim! Eu estou na mente, no coração do Senhor! O Senhor é capaz de mudar a minha vida e faz muitos planos: Construiremos casas, plantaremos vinhas e comeremos juntos... todos esses sonhos que faz somente uma pessoa apaixonada. O Senhor se mostra apaixonado pelo seu povo e lhe diz: Eu não te escolhi porque és o mais forte, grande e poderoso. Eu te escolhi porque és o menor de todos. Pode-se dizer: o mais miserável de todos, mas eu te escolhi assim e isso é amor."
Deus "é apaixonado por nós", repetiu o Papa, comentando também a passagem do Evangelho sobre a cura do filho do funcionário do rei:
"Acredito que não exista teólogo que possa explicar isso: não se explica. Somente sobre isso se pode pensar, sentir e chorar de alegria. O Senhor pode nos mudar. E o que devo fazer? Crer. Crer que o Senhor pode me mudar, que Ele é poderoso: como fez aquele homem, no Evangelho, que tinha um filho doente. Senhor, vem antes que o meu filho morra. Vai, o teu filho vive! Aquele homem acreditou na palavra que Jesus lhe tinha dito e se colocou a caminho. Ele acreditou. Acreditou que Jesus tinha o poder de mudar o seu filho, a saúde do seu filho. E venceu. A fé significa abrir espaço para este amor de Deus, é abrir espaço para a força, para o poder de Deus, mas não ao poder de um que é muito poderoso, mas ao poder de uma pessoa que me ama, que é apaixonada por mim e quer a minha alegria comigo. Isto é fé. Isto é crer: é abrir espaço ao Senhor para que Ele venha e me mude." (BF/MJ)

Audiência: sociedade sem crianças é triste e cinzenta

Quarta-feira, 18 de março, Audiência Geral na Praça de S. Pedro: o Papa Francisco propôs uma primeira catequese sobre as crianças. No termo deste primeiro ciclo de catequeses dedicado às diversas figuras da vida familiar, o Santo Padre falou esta semana sobre o grande dom que as crianças representam para a humanidade. Na próxima semana concluirá este ciclo falando sobre as feridas que fazem mal à infância.
Como primeiro olhar sobre as crianças o Papa Francisco afirmou que as crianças são uma riqueza para a humanidade e lembram-nos que todos somos necessitados de ajuda, de amor e de perdão:
“… as crianças, são em si próprias uma riqueza para a humanidade e para a Igreja, porque nos chamam a atenção, constantemente necessária para entrar no Reino de Deus: aquela de não considerarmo-nos autossuficientes, mas necessitados de ajuda, de amor e de perdão.”
O Santo Padre recordou ainda que as crianças lembram-nos a todos que, nos primeiros anos de vida, estivemos totalmente dependentes dos cuidados e solicitude dos outros; mais ainda, recordam-nos que nunca deixamos de ser filhos: mesmo quando uma pessoa chega à idade adulta e se torna pai e mãe.
Segundo o Papa, isto significa que a vida não tem origem em nós mesmos, mas recebemo-la; às vezes corremos o risco de nos esquecermos disto, como se fôssemos nós os senhores da nossa existência. Mas não é assim – garantiu o Santo Padre – somos radicalmente dependentes: “em toda e qualquer idade, situação e condição de vida, somos e permanecemos filhos”.
O Papa Francisco recordou de seguida alguns dons e riquezas que as crianças trazem à humanidade: o seu olhar confiante e puro que vem da sua confiança espontânea e sem malícia; as crianças trazem consigo a capacidade de receber e de dar ternura e principalmente, segundo o Santo Padre, são capazes de sorrir e chorar.
Na realidade, Jesus convida-nos a tornarmo-nos como as crianças, para entrar no Reino de Deus. Elas enchem-nos de vida, alegria, e esperança.
É verdade que acarretam também preocupações e às vezes problemas – salientou o Papa Francisco na conclusão da sua catequese – mas é melhor uma sociedade com estas preocupações e problemas do que uma sociedade triste e cinzenta porque sem crianças.
O Papa Francisco saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos vos saúdo, com menção particular dos grupos paroquiais de Santa Rita e de São Vicente, desejando que possais viver e crescer na amizade com Deus Pai, deixando que o seu amor sempre vos regenere como filhos e vos reconcilie com Ele e com os irmãos. Desça, sobre vós e vossas famílias, a abundância das suas bênçãos.”
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção! (RS)


Olhar para o alto e para frente

Quem aprende a dirigir, para tirar uma carteira de habilitação, ouve com frequência de seus instrutores a observação de que bom motorista deve ter também visão lateral, para enxergar o que acontece ao seu lado. Na realidade, é preciso olhar para os lados, para frente e para trás, pelos retrovisores. Com o tempo, o que parecia impossível torna-se saudável rotina, contribuindo para a segurança de condutores, passageiros e os demais veículos em circulação. Pode ser uma parábola contemporânea do jeito de viver próprio dos cristãos. É que lhes cabe uma atenção contínua às pessoas, aos fatos e acontecimentos, sem perder o rumo. Olhar ao redor suscitará a atenção da caridade. Olhar para trás será o saudável exercício da memória, com a qual reconhecemos as falhas, para corrigi-las, e damos graças a Deus por tudo o que nos concedeu.
Entretanto, há duas direções para as quais o nosso olhar precisa continuamente se voltar, se queremos dar testemunho coerente e ser sinais de Deus para o nosso tempo, a saber, olhar para o alto e olhar para frente. No diálogo com Nicodemos (Cf. Jo 3, 14-21), aquele visitante que alguém chamou de adorador noturno, cuja figura entra em cena outras vezes (Cf. Jo 7, 50; Jo 19, 39), o Senhor indica o olhar da fé que dá sentido à nossa existência e nos abre a estrada da salvação: "Assim também será levantado o Filho do Homem, a fim de que todo o que nele crer tenha vida eterna” (Jo 3, 14-15). Numa discussão com interlocutores que o provocavam, assim disse Jesus: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que ‘eu sou’, e que nada faço por mim mesmo, mas falo apenas aquilo que o Pai me ensinou" (Jo 8, 28). Mais tarde Jesus retoma o tema, afirmando que quando for levantado da terra, todos seriam atraídos a Ele (Cf. Jo 12, 32).
Olhar para o alto das montanhas da existência, que se encontram na experiência da presença de Deus e da salvação que nos é oferecida em Jesus Cristo. Há um risco em nosso tempo de nivelar tudo na altitude zero, sem projetar grandes ideais, sem sonhos de perfeição moral, considerando todas as atitudes e opções como indiferentes. Vale pensar nos conteúdos absorvidos nos admiráveis meios de comunicação colocados à nossa disposição. Sem uma educação, e esta começa na família, para valores consistentes, valerá tudo e precisaremos aguardar algum tempo para verificarmos as consequências. É bom lembrar que impérios gloriosos de outros séculos caíram não só pelos percalços políticos, como também pela decadência moral das caladas da noite!
O que existe de mais alto e mais digno para a vida humana, para que nosso olhar de fé se volte reverente, é a Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Voltar os olhos para ela é encontrar o amor maior, a prova definitiva de que, "de fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele" (Jo 3, 16- 17). O desafio para o cristão é proclamar que a certeza da glória e realização para toda a humanidade está na Cruz de Cristo (Cf. Gl 6, 14), na qual se encontram dois amores: o amor infinito e eterno de Deus, que transborda da Trindade para a humanidade, no Filho amado que deve ser ouvido e que responde, com amor de Deus e de homem a este eterno amor. Dali mesmo, da Cruz de Cristo, brota a torrente de amor, com os braços abertos a todos os homens e mulheres de todos os tempos, chamados a se amarem mutuamente, com o mesmo amor que vem desta fonte inigualável. Ninguém olhe apenas para o chão do pecado, para baixo, onde se encontram tantas misérias humanas, mas todos ergam seus olhos para o sinal glorioso da salvação.
É ainda a Cruz que suscita outro olhar, sempre para frente. Certa feita, Jesus chamou nada menos que a "multidão, juntamente com os discípulos, e disse-lhes: 'Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me! Pois quem quiser salvar sua vida a perderá; mas quem perder sua vida por causa de mim e do Evangelho, a salvará'" (Mc 8, 34-35). Para viver com dignidade e ser sinal de Deus, o cristão há de seguir a Jesus. Trata-se de renunciar a ter um programa próprio, certamente marcado por interesses egoístas, para lançar-se na maravilhosa aventura do discipulado, o seguimento de Jesus. Quem dá tal passo, olha para frente e descobre as veredas a serem percorridas no cotidiano, mesmo com as eventuais dificuldades.
Os dias que vivemos podem ser fonte de desânimo para muitas pessoas. É que fomos iludidos com os sonhos de consumo, nossos olhos brilharam com as ofertas das vitrines, e até nos apegamos a nossos maravilhosos aparelhinhos, cada vez mais caros, considerados como mágicos ou até ilusoriamente feitos objetos de piedade. Muitos até os querem abençoados, mas sem terem a coragem de mostrar o que reservam em suas memórias! As negociatas dos grandes do mundo se multiplicaram aos milhões, empresas pareciam transformadas em minas do Rei Midas. Parecia que todo mundo teria casa própria, carro do ano, dinheiro na poupança, saúde para dar e vender! De repente, a dura realidade volta, fica difícil pagar o combustível do carro ou as dívidas do cartão de crédito, os hábitos de luxo se revelam ilusórios!
Os governos não sabem, mesmo quando não o admitem publicamente, como sair da terrível enrascada da crise gerada pelo egoísmo e pela competição desenfreada. Observe-se, a modo de exemplo, o que disseram recentemente instituições de credibilidade: "A inquestionável crise por que passam, no Brasil, as instituições da Democracia Representativa, especialmente o processo eleitoral, decorrente este de persistentes vícios e distorções, tem produzido efeitos gravemente danosos ao próprio sistema representativo, à legitimidade dos pleitos e à credibilidade dos mandatários eleitos para exercer a soberania popular... É necessário que todos os cidadãos colaborem no esforço comum de enfrentar os desafios, que só pode obter resultados válidos se forem respeitados os cânones constitucionais, sem que a Nação corra o risco de interromper a normalidade da vida democrática". (Declaração conjunta das presidências da CNBB e da OAB).
Volta à tona a mesma proposta de Jesus, cujo nome é Cruz, que pede seguimento do Evangelho. As práticas sugeridas pelo Senhor passam pela sobriedade e pela partilha, apontam para mãos que se lavam da iniquidade cometida, conversão verdadeira, seriedade e dedicação no trabalho, diálogo sincero, superação da tendência de acusação mútua, construção de pontes entre os grupos diferentes na sociedade. Podem parecer até ingênuas estas estradas do evangelho, mas, sem elas, ninguém vai para frente e nem alcança os cumes da verdadeira realização, cujo nome verdadeiro é salvação. A escolha é nossa!
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Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará

Assessor Eclesiástico da RCCBRASIL