O Ministério de Música é a face de Cristo para a RCC, pois nos colocamos
a frente e estamos sempre inseridos em todo o contexto dos Grupos de Oração,
experiências de oração, retiros para formação, etc.
Ocupamos sempre um lugar privilegiado no contato com as ovelhas do Senhor e assim assumimos a grande responsabilidade e a missão de cativar tal qual Cristo o faria, de amar, de ser rosto e memória de Jesus para aquelas almas sedentas por experimentar a água viva do Espírito Santo. O ministério de música é o amor e a misericórdia de Cristo expressos por palavras, notas, melodias, canções, gestos e olhares de cada ministro de música.
Ocupamos sempre um lugar privilegiado no contato com as ovelhas do Senhor e assim assumimos a grande responsabilidade e a missão de cativar tal qual Cristo o faria, de amar, de ser rosto e memória de Jesus para aquelas almas sedentas por experimentar a água viva do Espírito Santo. O ministério de música é o amor e a misericórdia de Cristo expressos por palavras, notas, melodias, canções, gestos e olhares de cada ministro de música.
Inseridos numa sociedade fundamentada no subjetivismo, onde cada um só
quer o melhor para si, a disputa e a competição pelos primeiros lugares crescem
cada vez mais, onde a busca pelo poder e pelo prazer é sempre o mais importante
e por sermos de natureza humana e pecadora somos inebriados facilmente por
estarmos ocupando um lugar de destaque nas nossas reuniões.
O inimigo quer nos derrubar porque sabe que somos o batalhão de frente e que
quando ministramos na unção do Senhor nossa música torna-se como uma lança
afiada a tocar os corações das pessoas (Mons. Jonas Abib). Como somos muito sensíveis,
o inimigo alimenta nossa vaidade com aplausos, elogios e vamos nos sentindo os
melhores, sentindo que somos nós que estamos fazendo tudo sozinhos e aí, mesmo
com a melhor das técnicas, nosso ministério vai se tornando vazio e totalmente
sem sentido.
João Batista, desde o início, tinha plena convicção do seu ministério,
ele sabia que o seu papel era somente o de anunciar a vinda do Senhor, “Eu não
sou o Cristo. Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor.
Eu batizo com água, mas no meio de vós está Quem vem depois de mim, eu não sou
digno de lhe desatar a correia do calçado” (Jo 1, 20;23;27). E quando seus
discípulos o questionam, enciumados, pelo fato das pessoas estarem seguindo a
Jesus, João responde na maior doçura: “É preciso que ele cresça e eu diminua”
(Jo 3,3). Quanta humildade, quanto despojamento! Isso sim é morrer para os
desejos da carne para fazer a vontade do Senhor!
São Paulo mesmo nos exorta: “Que tens tu que não tenhas recebido? E se o
recebeste, por que te glorias como se não o tivesse recebido? (I Cor 4,7). Por
que tantas vezes pensamos ser donos daquilo que pertence ao Senhor? Queremos
sempre que a nossa voz apareça mais, que o nosso instrumento seja o mais alto,
para nós nos destacarmos, para que nós sejamos o centro. Precisamos reconhecer
o nosso nada, a nossa absoluta dependência de Deus e nos manter no lugar que
nos compete, sendo aquilo que somos: somente instrumentos nas mãos do Senhor.
Deixar que Jesus cresça e nós diminuamos é também dar oportunidade aos
outros que vão chegando ao nosso ministério criando um ambiente de acolhida. É
estar em constante formação de novos servos e ter sempre a convicção de que o
ministério é de Deus e não nosso e como administradores da vinha do Senhor
devemos pensar na sobrevivência do mesmo uma vez que estivermos ausentes. É ministrar
com o coração alegre mesmo passando por provações e dificuldades,
possibilitando que nossa fé transpareça no sofrimento sabendo que “o problema é
meu mais o rosto é do outro” (Mons. Jonas Abib).
Deixar que o Senhor cresça é nos colocarmos a serviço do outro,
sacrificando nossas vontades para fazer o outro feliz. É conhecer as nossas
ovelhas, saber as necessidades de cada uma, reconhecer as abatidas e ajudá-las,
amparar as desanimadas e fortalecer as fracas.
Deixar que Ele cresça e eu diminua é, acima de tudo, buscar
constantemente uma vida de santidade, é ter atitudes santas, olhares santos,
jeito santo, pois só teremos novos e bons servos ministros de música se eles,
olhando para nós e para nossa luta pela santidade, verem a Jesus.
Que seja sempre assim: Por Cristo, com Cristo e em Cristo! A Ele a honra,
a glória, o domínio, o poder, o aplauso, tudo provém Dele e volta a Ele. A nós
a humildade, o despojamento, o serviço, enfim, que a cada dia mais Ele cresça e
nós diminuamos. E cumprindo aquilo que Ele nos mandou, digamos: “Somos servos
inúteis, fizemos o que devíamos fazer” (Lc 17,10). Amém!
Referências:
- Bíblia Sagrada Edição Pastoral
- Músicos em Ordem de Batalha/Mons. Jonas
Abib. Editora: Canção Nova
Sobre a autora
Rênia Ferreira
Mendes participa do Grupo de Oração Bom Pastor e atualmente coordena o
Ministério de Música e Artes na Diocese de Oliveira.
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