Olá! A partir deste tema, começo com a seguinte pergunta: Tenho o desejo de ser admirado, de ser visto?
Parece que estou perguntando o óbvio, não é? Todo aquele que apresenta
algo, principalmente relacionado a arte, tem o desejo de ver seu
trabalho admirado pelas outras pessoas. O que seria de um pintor, se
seus quadros não fossem admirados? Ou mesmo dos músicos, se sua música
não fosse apreciada? Quando se admira, a obra o artista é elogiado e não
há como fugir dessa realidade. O detalhe é: o que fazer diante disso?
É muito bom receber elogios, mas, no nosso caso, o elogio precisa ser somente apenas um “feedback” sobre o nosso trabalho. Mas
qual é o nosso foco como músico de Deus? Nosso foco não é vender CDs
nem DVDs, não é reunir multidões nem ser reconhecido. O nosso foco é
salvar almas.
Vaidade quer dizer, de acordo com o dicionário, “desejo imoderado e infundado de merecer a admiração dos outros”.
Dentre algumas definições, escolhi essa, pois se enquadra melhor na
nossa reflexão de hoje. A admiração das pessoas precisa ser nada diante
da obra que Deus quer fazer.
Se perdemos o nosso foco, caímos fatalmente nesse desejo de atrair para
nós mesmos a atenção e a admiração das pessoas, alimentando o desejo que
temos naturalmente de sermos notados, admirados, etc.
Outra coisa que não podemos esquecer: somos músicos a serviço do
Senhor, declaramos guerra ao inimigo, porque sabemos que ele é sujo,
sorrateiro e vai investir pesado para que possamos perder o foco. Então,
lutemos contra nós mesmos e contra o inimigo de Deus, contra o desejo
natural que há em nós e as propostas indecentes do maligno. Isso
acontece de forma sutil, chega de mansinho, alimentando nosso ego logo
após um aplauso, uma apresentação muito bem feita, um sorriso perdido de
uma bela moça ou um belo rapaz no meio do povo, etc.
Pare um pouco e reze, peça a graça ao Espírito Santo, a fim de que Ele lhe revele a sutileza da vaidade em sua vida.
Para saber se estamos sendo vaidosos, precisamos nos
perguntar: Qual o meu foco diante do meu ministério? Quero evangelizar?
Salvar almas?
Completa-me somente executar bem uma música?
Se eu erro algo, fico triste a ponto de achar que perdi aquele momento,
passando uma imagem ruim de mim mesmo? Não quero, com isso, dizer que
devemos ser relaxados e não mais tocar com beleza, técnica, alegria,
etc. Muito pelo contrário, precisamos ficar atentos para não cairmos na
vaidade e acabarmos tocando somente para nós mesmos, para a satisfação
do nosso ego e esquecermos o real motivo pelo qual estamos tocando.
A música deve ser feita com arte, beleza, amor, sentimento, sem
esquecer que estamos em guerra, pois tocamos e cantamos para
evangelizar, salvar almas!
André W. Florêncio
Missionário da Comunidade Canção Nova
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