Dando sequência a formação sobre os dons, apresentamos o texto Dom de
Línguas: A Glossolalia, retirado do Informativo do ICRRS (International
Catholic Charismatic Renewal Services).
O Dom de Línguas: A Glossolalia
O dom de línguas é um fenômeno bastante
normal para as pessoas envolvidas na Renovação Carismática. Mas as
pessoas que têm contato com este tipo de oração pela primeira vez podem
sentir-se desapontadas, já que algo como a glossolalia parece estranho
para eles. São Paulo advertiu os Coríntios que isto poderia acontecer.
“Se, pois, numa assembleia da igreja
inteira todos falarem em línguas, e se entrarem homens simples ou
infiéis, não dirão que estais loucos?” (I Coríntos 14, 23).
E esta advertência vem a partir da
experiência. Os apóstolos falando em línguas no dia de Pentecostes foram
objetos de gozação. “Outros, porém, escarnecendo, diziam: “Estão todos
embriagados de vinho doce” (Atos 2, 13).
Aqueles que falam em línguas podem ser
acusados de serem fanáticos ou mentalmente desequilibrados. Tal acusação
pode atingir todas as pessoas que estejam profundamente envolvidas em
oração, o que é notável a partir da imaginação convencional de oração. E
o exemplo do Rei Davi prova isto. A filha de Saul, que olhava-o pela
janela, viu que o Rei saltava e dançava em frente à Arca da Aliança, e
desprezou-o em seu coração (I Crônicas 15, 29).
No entanto, é necessário declarar que o falar em línguas foi prometido por Jesus antes de Sua Ascensão.
“Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas”. (Marcos 16, 17).
Portanto, não há nada estranho em usar
este carisma. O problema parece surgir entre as pessoas que não conhecem
o ensinamento bíblico sobre este dom.
É necessário ressaltar que há três tipos de oração em línguas mencionados na Bíblia:
1. A Profecia em línguas acontece quando
uma pessoa fala em um idioma desconhecido e o resto dos participantes
permanece em silêncio. Tal profecia dá frutos se outra pessoa tem o dom
de interpretação e explica o que foi dito.
“Ora, desejo que todos faleis em
línguas, porém muito mais desejo que profetizeis. Maior é quem profetiza
do que quem fala em línguas, a não ser que este as interprete, para que
a assembleia receba edificação. Suponhamos, irmãos, que eu fosse ter
convosco falando em línguas, de que vos aproveitaria, se minha palavra
não vos desse revelação, nem ciência, nem profecia ou doutrina? (I
Coríntios 14, 5-6).
2. Após receber o Espírito Santo, os
Apóstolos estavam falando em línguas que não conheciam antes e estas
línguas eram compreensíveis para os Judeus de diferentes nações que
vieram para Jerusalém para a festa (ver Atos 2, 4-13). Estas pessoas
ficaram admiradas em ouvir sobre os “prodígios de Deus” em suas próprias
línguas. Portanto, este tipo de dom de línguas é um sinal para aqueles
que não acreditam.
3. Adoração espontânea do Senhor após
receber o Espírito Santo (Atos 10, 44-46; 19, 1-7). Durante esta oração,
muitas pessoas falam em línguas ou cantam em línguas simultaneamente e
este é o verdadeiro dom da glossolalia.
Este dom é hoje em dia bastante comum em
grupos de oração carismáticos. Seu uso mais frequente acontece quando
todos estão adorando a Deus juntos. As pessoas rezam simultaneamente em
suas próprias palavras, em línguas e em canções. Pode-se dizer que a
glorificação zelosa ao Senhor foi renovada na Igreja pela Renovação
Carismática e é uma contribuição muito importante ao jorrar de graças na
Igreja contemporânea. O dom de línguas é também como um “quebra-gelo”
em nosso contato pessoal com o Senhor, o que pode ser difícil quando uma
pessoa está focada em si mesma e em seus problemas. Adorar a Deus
concentra as pessoas na pessoa do Senhor e as abre para os próximos
carismas que podem aparecer durante o Grupo de Oração.
O dom da glossolalia se faz presente durante a invocação do Espírito Santo e durante intercessões. Mas observa-se também que enquanto as pessoas estão glorificando o Senhor, elas geralmente cantam. Este carisma é muito usado durante intercessões, que é também um dos tipos característicos de ministério na Renovação Carismática. Muitas vezes, pessoas rezando por outras sentem que os pedidos que estas fizeram não são necessariamente aqueles que elas mais precisam. As pessoas que rezam por outras pessoas geralmente não sabem o que pedir, portanto, rezam em línguas. Então, de acordo com a Palavra de Deus (Romanos 8, 26-27), o Espírito “vem em auxílio à nossa fraqueza... E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus”. Algumas vezes o Espírito Santo revela, durante a oração em línguas, qual é o verdadeiro problema da pessoa que está recebendo a oração. O entendimento pode então ser proclamado como o dom do conhecimento. Algumas vezes o Espírito Santo entende o que as pessoas, fazendo a oração, estão pedindo e responde.
O dom da glossolalia se faz presente durante a invocação do Espírito Santo e durante intercessões. Mas observa-se também que enquanto as pessoas estão glorificando o Senhor, elas geralmente cantam. Este carisma é muito usado durante intercessões, que é também um dos tipos característicos de ministério na Renovação Carismática. Muitas vezes, pessoas rezando por outras sentem que os pedidos que estas fizeram não são necessariamente aqueles que elas mais precisam. As pessoas que rezam por outras pessoas geralmente não sabem o que pedir, portanto, rezam em línguas. Então, de acordo com a Palavra de Deus (Romanos 8, 26-27), o Espírito “vem em auxílio à nossa fraqueza... E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus”. Algumas vezes o Espírito Santo revela, durante a oração em línguas, qual é o verdadeiro problema da pessoa que está recebendo a oração. O entendimento pode então ser proclamado como o dom do conhecimento. Algumas vezes o Espírito Santo entende o que as pessoas, fazendo a oração, estão pedindo e responde.
Resumindo, o dom de línguas é uma forma
sobrenatural de comunicação com Deus através do Espírito Santo, que é o
doador deste carisma. A glossolalia edifica a oração quando as pessoas
se congregam no mesmo lugar para encontrar-se com Deus. Usada quando se
está glorificando o Senhor, abre para outros carismas e une as pessoas
no mesmo Espírito. Mas também edifica pessoas isoladamente, porque este
dom pode ser usado durante nossas orações pessoais. “Aquele que fala em
línguas, edifica-se a sim mesmo; mas o que profetiza, edifica a
assembleia”. (I Coríntios 14, 4).
Podemos usar este carisma quando
sentimos grande entusiasmo e queremos glorificar a Deus, mas nossa mente
não consegue “produzir” as palavras adequadas para expressar nossos
sentimentos. O dom de línguas é muito usado em tais ocasiões porque não
bloqueia nosso entusiasmo. Mas é também bom lembrar que este dom não
controla a pessoa, mas é a pessoa que controla o dom e pode fazer uso
dele quando bem entender. Esta regra se aplica também ao dom da
glossolalia. Por isso, o dom de línguas não deve ser considerado como um
tipo de êxtase.
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