Reproduzimos abaixo a intervenção do cardeal Stanislaw Rylko,
presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, feita na tarde do dia
08 de outubro durante a segunda Congregação Geral do Sínodo dos Bispos.
No número 115 do instrumentum laboris,
lemos que "o florescimento, ao longo das últimas décadas, muitas vezes
gratuito e carismático, de grupos e movimentos engajados com prioridade
na proclamação do Evangelho é outro dom da Providência para a Igreja".
O magistério dos últimos papas reiterou em muitas circunstâncias esta natureza providencial da "nova era de integração dos fiéis leigos", destacando a sua estreita relação com o "novo Pentecostes" do concílio Vaticano II.
Em particular, o beato João Paulo II fez sempre questão de destacar o dinamismo missionário dos movimentos e das novas comunidades, que "representam um verdadeiro dom de Deus para a nova evangelização e para a atividade missionária propriamente dita. Por isso, recomendamos difundi-los e usá-los para dar novo vigor, especialmente entre os jovens, para a vida cristã e para a evangelização, dentro de uma visão pluralista dos modos de se associar e de se expressar".
O papa Bento XVI, por sua vez, ressalta que "o instrumento providencial para um renovado impulso missionário são os movimentos eclesiais e as novas comunidades; acolham-nas e promovam-nas dentro das suas dioceses". Em outra ocasião, ele encorajou os bispos a receber os movimentos e novas comunidades "com grande amor".
Infelizmente, os movimentos e as novas comunidades ainda são um recurso que não é totalmente valorizado na Igreja, um dom do Espírito e um tesouro de graças que ainda estão escondidas aos olhos de muitos pastores, talvez intimidados pela novidade que eles trazem para a vida da diocese e das paróquias.
O Santo Padre está bem ciente desta dificuldade; é por isto que ele exorta os pastores a "não extinguirem os carismas, a serem gratos a eles, mesmo que eles sejam incômodos". É necessária, portanto, uma "conversão pastoral" dos bispos e dos padres, que são chamados a reconhecer que os movimentos são essencialmente um dom precioso e não um problema.
O zelo missionário das novas realidades não vem de um entusiasmo emocional e superficial, mas resulta de experiências muito sérias e exigentes de formação dos fiéis leigos na fé madura, capaz de responder adequadamente aos desafios da secularização. A novidade da sua ação, portanto, não está nos seus métodos, mas na capacidade de reafirmar a centralidade de Deus na vida dos cristãos, uma questão fundamental nos ensinamentos do Santo Padre Bento XVI.
Mesmo para a nova evangelização, vale o velho ditado escolástico: "operari sequitur esse", porque as nossas ações sempre expressam o que somos. A evangelização não é só uma questão de know-how, mas é, principalmente, uma questão de "ser", isto é, de ser cristãos verdadeiros e autênticos.
Os métodos de evangelização que os movimentos e as novas comunidades adotam são aparentemente muito diferentes, muito variados, mas todos se relacionam com as "três leis da nova evangelização", que o então cardeal Ratzinger formulou para catequistas e professores de religião por ocasião do Jubileu do ano 2000.
Primeiro, a "lei da expropriação", ou seja, o não falar em nome próprio, mas em nome da Igreja, mantendo claro que "a evangelização não é apenas um modo de falar, mas um modo de viver": é a clara consciência de que pertencemos a Cristo e ao Seu Corpo, a Igreja, que transcende o eu.
A segunda é a "lei da semente de mostarda", que é a coragem de evangelizar com paciência e com perseverança, sem esperar resultados imediatos, e sempre lembrando que a lei dos grandes números não é a lei do Evangelho. É uma atitude que podemos reconhecer, por exemplo, no trabalho de evangelização realizado por movimentos e novas comunidades nas regiões mais secularizadas da terra.
A terceira "lei" é a do grão de trigo, que deve morrer para dar a vida, que deve aceitar a lógica da cruz. Nessas leis, reside o maior segredo da eficácia dos esforços de evangelização da Igreja em todos os tempos.
O magistério dos últimos papas reiterou em muitas circunstâncias esta natureza providencial da "nova era de integração dos fiéis leigos", destacando a sua estreita relação com o "novo Pentecostes" do concílio Vaticano II.
Em particular, o beato João Paulo II fez sempre questão de destacar o dinamismo missionário dos movimentos e das novas comunidades, que "representam um verdadeiro dom de Deus para a nova evangelização e para a atividade missionária propriamente dita. Por isso, recomendamos difundi-los e usá-los para dar novo vigor, especialmente entre os jovens, para a vida cristã e para a evangelização, dentro de uma visão pluralista dos modos de se associar e de se expressar".
O papa Bento XVI, por sua vez, ressalta que "o instrumento providencial para um renovado impulso missionário são os movimentos eclesiais e as novas comunidades; acolham-nas e promovam-nas dentro das suas dioceses". Em outra ocasião, ele encorajou os bispos a receber os movimentos e novas comunidades "com grande amor".
Infelizmente, os movimentos e as novas comunidades ainda são um recurso que não é totalmente valorizado na Igreja, um dom do Espírito e um tesouro de graças que ainda estão escondidas aos olhos de muitos pastores, talvez intimidados pela novidade que eles trazem para a vida da diocese e das paróquias.
O Santo Padre está bem ciente desta dificuldade; é por isto que ele exorta os pastores a "não extinguirem os carismas, a serem gratos a eles, mesmo que eles sejam incômodos". É necessária, portanto, uma "conversão pastoral" dos bispos e dos padres, que são chamados a reconhecer que os movimentos são essencialmente um dom precioso e não um problema.
O zelo missionário das novas realidades não vem de um entusiasmo emocional e superficial, mas resulta de experiências muito sérias e exigentes de formação dos fiéis leigos na fé madura, capaz de responder adequadamente aos desafios da secularização. A novidade da sua ação, portanto, não está nos seus métodos, mas na capacidade de reafirmar a centralidade de Deus na vida dos cristãos, uma questão fundamental nos ensinamentos do Santo Padre Bento XVI.
Mesmo para a nova evangelização, vale o velho ditado escolástico: "operari sequitur esse", porque as nossas ações sempre expressam o que somos. A evangelização não é só uma questão de know-how, mas é, principalmente, uma questão de "ser", isto é, de ser cristãos verdadeiros e autênticos.
Os métodos de evangelização que os movimentos e as novas comunidades adotam são aparentemente muito diferentes, muito variados, mas todos se relacionam com as "três leis da nova evangelização", que o então cardeal Ratzinger formulou para catequistas e professores de religião por ocasião do Jubileu do ano 2000.
Primeiro, a "lei da expropriação", ou seja, o não falar em nome próprio, mas em nome da Igreja, mantendo claro que "a evangelização não é apenas um modo de falar, mas um modo de viver": é a clara consciência de que pertencemos a Cristo e ao Seu Corpo, a Igreja, que transcende o eu.
A segunda é a "lei da semente de mostarda", que é a coragem de evangelizar com paciência e com perseverança, sem esperar resultados imediatos, e sempre lembrando que a lei dos grandes números não é a lei do Evangelho. É uma atitude que podemos reconhecer, por exemplo, no trabalho de evangelização realizado por movimentos e novas comunidades nas regiões mais secularizadas da terra.
A terceira "lei" é a do grão de trigo, que deve morrer para dar a vida, que deve aceitar a lógica da cruz. Nessas leis, reside o maior segredo da eficácia dos esforços de evangelização da Igreja em todos os tempos.
(fonte Zenit)
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